Entrevista
Elisângelo
Ramos , é mais um da lista dos licenciados no desemprego em Cabo Verde.
Formado
em ciências sociais pela universidade de Cabo Verde há mais de três anos, diz
que até o momento não encontrou nenhum emprego na sua área. para”driblar” esta
situação Elisângelo conta que, pratica agricultura na horta do pai
Grace Cabral :
Antes de mais, como que vê Cabo Verde associado a esta alta taxa do desemprego
no ceio dos recém-licenciados?
Elisângelo
Ramos: Bem em
primeiro lugar isso leva- me a concluir que ainda não estamos naquele nível que
muitos pensam que estamos, um pais de desenvolvimento médio, em segundo lugar é
que Cabo Verde precisa crescer mais e mais, adquirindo condições para criar
emprego.
Como é
que lida com esse fenómeno?
Sinceramente
as vezes fico frustrado, porque ao entramos na universidade já temos nossos
planos traçados, lutamos durante quatro anos, passando muitas dificuldades,
mas sempre com aquela esperança de formar e encontrar um trabalho e viver bem
compensando assim o sofrimento que passamos, mas infelizmente somos poucos que
tem essa sorte, é triste licenciar e quando terminar não encontrar emprego. As
vezes vejo meu sonho condicionado, mas sei que vou vencer e minha vitória será
conseguir um emprego na minha área.
Onde
está a falha?
A
falha com certeza está na forma como o mercado está organizado e as políticas
para recrutamento dos licenciados, porque não acho correto abrir e um curso em
que não tem saída no mercado. em que o mercado não está preparado pra receber
este profissional porque que fazem isso vamos formar para contribuir para nosso
pais, mas como se não somos absorvidos? é uma pena ouvir-lhes na comunicação
social em alto e bom som a disserem que já formamos jovens hoje Cabo Verde tem
“x” jovens licenciados para quê isso, onde estão esses jovens licenciados , com
certeza estão no sucupira ou a fritar palteis.
Será
que vocês também não tem nenhuma responsabilidade nisso, será que não devem
consultar o mercado antes de inscreverem no curso?
Sim
devíamos, mas antes de virmos para universidade pedimos alguns conselhos afim
de escolhermos a melhor opção, contudo acho que todas as opções dão na
mesma.
O que
que fazes para driblar esta crise?
disso
trabalho com o meu pai na produção de aguardente e no cultivo dos terrenos.
A
quanto ano que pratica esta actividade?
Faço
isso há três anos, mas tenho esperança que vou encontrar emprego enquanto isso
vou fazer qualquer coisa.
Para
se qual é o papel da universidade no combate ao desemprego?
A
universidade deve promover seus alunos, não os receber só pelo dinheiro, mas
oferecer-lhes cursos que sabem que terão sucesso no futuro.
Que
mensagem deixa para jovens que estão na mesma situação que você?
Para
não desistirem nunca, não ficar a espera, fazer aquilo que sabem sempre, não
desistir de procurar o emprego e principalmente não rejeitar nenhum mesmo que
não for da área.
Por:
Grace Cabral
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