![](https://3.bp.blogspot.com/-F0a9QJCQ5JY/V2HawdDLCXI/AAAAAAAAAJo/XaCEiG3Hx5cN4PuijnC0bYz43-Ed_3_7QCLcB/s320/4-Nha-Balila-Revista-Nos-Genti--682x1024.jpg)
Passando quatro anos Nha Balila como é
carinhosamente conhecida regressou a terra que viu nascer Cabo Verde e de
seguida engravida da Judite, sua primeira filha, a filha que namorado não quis
assumir as responsabilidades que na época eram impostas. Por causa disso mais
uma vez encontra na viajem o refúgio, desta vez para São Tomé E Príncipe com
propósito de trabalhar nos secadoras de Cacau e roças de café. Passando nove
meses já era altura de dar a luz a sua primeira filha. Sozinha com trabalhos e uma
filha pra cuidar, senti obrigada a trazer a filha para Cabo verde. Quando
finalmente em 1963 volta a Cabo Verde conheceu o homem que ao pronunciar o nome
vê na face a tamanha felicidade, José correia Semedo casaram e tiveram uma
filha, Maria Conceição Semedo Correia.
No
ano de 1965 nasce a sua 2º filha Maria Conceição Semedo Correia. Em 66 vende a
sua casa na Assomada para viajar para São Tomé e Príncipe, mas não chegou a
fazê-lo por causa de problemas visuais. E acaba por fincar residência em Tira
Chapéu.
Em
Tira Chapéu entra na vila política participando nas reuniões do PAIGC, chegando
a sofrer ameaças da polícia colonial. No dia 28 de junho de 1975 sofre um
acidente de carro, fica hospitalizada e passa 5 de julho de 1975 no hospital.
No ano 1977 Balila trabalha como ativista no
partido único PAICV para incentivar os jovens a entrarem na vida politica. Entra
para OMCV – Organização das Mulheres de Cabo Verde em 1981 onde permaneceu como
primeira secretária de Tira Chapéu, até 1995.
No
ano de 1981 cria o grupo de batucadeiras “bali pena”. O grupo atua em quase
todos os cantos da ilha de Santiago, até 1991 quando o grupo foi dividido por
questões partidários. Questões que no mesmo ano (1991) fez com que acabassem
com a distribuição bens alimentícios feita em sua casa. Para além de distribuição
de bens alimentícios a casa de Nha Balila funcionava como escola de alfabetização
dos adultos de Tira Chapéu.
Nha
Balila lutou em prol de uma sociedade melhor, principalmente no Bairro onde vive
há 50 anos. Atualmente é madrinha da associação “Kilonbu”, uma associação de
jovens do Bairro de Tira Chapéu e emprestou o nome à biblioteca comunitária do
mesmo Bairro.
Em
2005 recebeu um diploma de mérito cultural, por ter contribuído com o grupo de
batucadeiras “Bali Pena” pela valorização e promoção do batuque. Passando quatro
anos recebeu o diploma Cruz Vermelha pelo sector da juventude e no mesmo ano
recebeu um outro premio pelo desenvolvimento e promoção das tradições culturais
cabo-verdianas.
Hoje
aos com quase 87 anos vive com uma pensão que recebe e dos apoios de conhecidos
e admiradores.
Por: Grace Cabral
Nenhum comentário:
Postar um comentário